terça-feira, 9 de março de 2010

O Carnaval que passou

Como em todos os anos, os desfiles das Escolas de Samba e os Trios Elétricos de Salvador foram os alvos das atenções dos brasileiros.
A propósito dos desfiles, confesso que não gosto deles. Empenham rios de dinheiro, muitos deles obtidos do Poder Público; ganham quem?
E mais, as pessoas ficam a assistir os outros sambarem. Tem sentido? Dizem que para desfilar numa Escola o cidadão tem que desembolsar um bom dinheiro.
E o samba nesses desfiles? Martinho da Vila, compôs para a Vila Izabel um samba que é realmente samba, lento mas com letra e música (com alma); dizem que quando o apresentou ao Presidente da Escola este lhe pediu que desse mais rapidez e mais “voz” a ele porque o pessoal não gostaria do samba. É isso aí, o samba das escolas.
De bom mesmo deste Carnaval foi o fato de que os blocos de ruas, nos bairros (e até no Centro-Cordão da Bola Preta) do Rio de Janeiro sairam por volta de 150 blocos de ruas; em São Paulo iniciou-se um movimento para a volta dos blocos de ruas e estes foram sucesso em Recife.
Pena que a televisão pouco mostra desse feliz renascer dos blocos de ruas, onde a população samba e se diverte, ao invés de ficar sentado numa arquibancada, vendo as Escolas desfilarem.
Faço, entretanto, justiça às Escolas: elas estão sempre bem arrumadas e treinadas para os desfiles. A Unidos da Tijuca, com a inovação da troca de roupas em minutos, além de outros requisitos, obteve uma vitória emocionante, embora apertada.
Em São Paulo, a sempre reluzente Rosas de Ouro deu um show na passarela.
Enfim, acho que foi um bom Carnaval e espero que, nos próximos, os blocos de ruas cresçam cada vez mais em todo o País.